quinta-feira, 26 de abril de 2012



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Dia Nacional da Educação Infantil- A presidenta Dilma Rousseff sancionou a décima lei de autoria do Senador Cristovam Buarque, a lei 12.602,de 3 de Abril de 2012, que institui a data de 25 de Agosto como o Dia Nacional da Educação Infantil, em homenagem à médica e sanitarista Zilda Arns, brasileira falecida em 2010 em um terremoto.

 


         

                       



                                 Coluna da Lucila Cano




Não sei o que veio primeiro, se o gosto pela escrita ou pela leitura. O que sei é que desde pequena sempre gostei de ler e de escrever. “Quem lê, escreve bem”, dizia um professor. Sigo a recomendação dele ao pé da letra, com um acréscimo de conta própria: “Quem lê mais deve escrever melhor ainda”.


Quando garota, por volta dos 10, 12 anos de idade, além das obras de Monteiro Lobato, do “Pequeno Príncipe” e companhia, eu lia gibis de aventuras e as revistas de fotonovelas das minhas tias. Também li, às escondidas, alguns títulos considerados proibidos, como o famoso “Eu e o governador”, de Adelaide Carraro.

Em especial, o meu interesse era por resumos biográficos de grandes compositores de música clássica. Estranho, mas explicável. Tínhamos uma vizinha, professora de alemão, que não tinha filhos e que gostava de mim. Todo domingo, ela me levava para assistir aos “Concertos Matinais” no Teatro Municipal de São Paulo. Eu adorava o passeio, a orquestra, a grandiosidade do teatro, e queria saber mais sobre quem tinha criado aquelas músicas. Nunca quis aprender a tocar nenhum instrumento. Lembrando daquela época, agora sei: minha curiosidade era puramente “jornalística”.

Em 18 de abril comemoramos o Dia Nacional do Livro Infantil, em alusão ao nascimento de Monteiro Lobato - o grande mestre da literatura infantil brasileira – em 1882. Através de seus personagens no “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, ninguém melhor do que ele demonstrou como a curiosidade ajuda a aprender e, principalmente, a gostar de aprender.
Os livros infantis de Lobato também enaltecem a figura do “instrutor”, seja ele um “sabugo de milho”, seja uma “dona Benta”, ou uma “tia Nastácia”. É a orientação segura que nutre a curiosidade infantil e ajuda a criança a despertar para a leitura. O Instituto Pró-Livro (IPL), associação criada e mantida por entidades do mercado editorial, lançou em 28 de março passado, em Brasília, a terceira edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil. O estudo foi realizado em 2011 com 5.000 entrevistados de 315 municípios de todos os estados do país, além do Distrito Federal. A pesquisa está disponível para leitura no site do IPL (www.prolivro.org.br) e confirma algumas das minhas certezas. Professores, mães e pais (nesta ordem) são as pessoas que mais influenciam uma pessoa a ler. O fato de os pais (mães e pais) terem uma base escolar também é significativo, porque eles podem ler para os filhos, comentar as histórias e motivar as crianças para os temas dos livros. A parte triste da pesquisa, pelo menos para mim, é a que revela que em média o brasileiro lê quatro livros por ano. Dos quatro, apenas dois são lidos do começo ao fim, ou seja, de fato, ele lê apenas dois livros por ano. Felizmente, a grande maioria dos participantes desse estudo afirmou que a leitura é muito importante, porque “ler bastante pode levar uma pessoa a vencer na vida e melhorar a sua condição socioeconômica”. Primeiro idioma No mercado de trabalho, a questão da qualificação é grave. Os jovens à procura de estágio ou emprego têm uma preocupação válida e necessária pelo aprendizado de um segundo idioma. Acabam se esquecendo que, antes de tudo, precisam do primeiro, nossa rica e difícil língua portuguesa. O Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) divulgou resultados de pesquisa que realizou com 6.716 estudantes e que mostram a falta que faz o hábito de leitura, a começar pelo desempenho dos candidatos em entrevistas. Segundo a pesquisa do Nube, na área de Jornalismo, cerca de 50% dos jovens cometem erros acima do limite aceitável em testes ortográficos. Alunos de Pedagogia chegam a 50% e os de Matemática a até 67%. Nos segmentos das Artes e Design, o índice alcança 71%. No caminho contrário, mas bem-sucedido, 75% dos estudantes de Engenharia e 83% dos de Direito têm êxito. Ler não ajuda apenas a escrever, mas a compreender melhor o que se passa ao nosso redor e a expressar o que pensamos de maneira mais clara



                    Brincadeiras narrativas de Gianni Rodari

 

 Gianni Rodari é um dos mais férteis escritores de literatura para crianças que a Itália já produziu. Ele recebeu o Nobel da área, o prêmio Hans Christian Andersen, em 1970, e sua obra, criada em um programa de rádio entre 1969 e 1970, é realmente eterna, porque sua imaginação cala fundo nas crianças de todos os tempos.

Esta coletânea de vinte histórias curtas, imaginativas e cheias, de humor são um excelente exemplo de como ele criava e funcionam como um jogo de cartas. Cada história parece se embaralhar, do meio para o fim, propondo para o leitor três finais inusitados, diferentes e divertidos. Alguns finais são mais lógicos, outros mais surpreendentes.

Deste modo, o leitor se vê às voltas com uma chuva de chapéus, um cachorro que pia e deseja aprender a latir, um tambor mágico que afasta ladrões, fantasmas desacreditados, casas feitas de moedas de cinco continentes, uma cidade que fica sem automóveis que são encantados por um flautista e tantas outras histórias.

Esta é uma ótima leitura que serve como mote para criação de redações em prosa ou mesmo poesia em sala de aula. Uma publicação para ser lida em voz alta ou mesmo para ser dramatizada nas aulas de português das segundas e terceiras séries do ensino fundamental. A propósito, entre os livros de Rodari há um dedicado aos professores chamado "A gramática da fantasia" (publicado pela Summus Editorial) em que propõe exercícios de criação literária.

Histórias para brincar
Gianni Rodari
Editora 34
216 páginas
                             

                          O resgate de nossos ancestrais    

   



 São raras as pessoas que não se interessam pelas próprias raízes. A maioria deseja saber de onde veio, o que faziam seus antepassados e como a família foi se articulando ao longo dos tempos. Num país formado por imigrantes como o Brasil essa preocupação é ainda mais importante, já que as procedências são as mais diversas.

Em "A árvore da família", Maísa Zakzuk retoma brevemente a origem de seus antepassados, sírios e portugueses, para estimular crianças e adolescentes a montarem a própria árvore genealógica. Isso é feito sem didatismo, mas com extremo bom humor e com grande número de informações, desde as essenciais a meras curiosidades.
Nesse sentido, a metáfora da árvore como representação gráfica que expressa a recuperação das origens de uma pessoa ou de uma família ganha múltiplos significativos, já que ela, tanto no plano simbólico, como representação da vida, como no literal, é, com suas ramificações, ideal para resgatar ancestrais.

Maísa desenvolve o tema com riqueza de detalhes e, auxiliada pelas ilustrações bem-humoradas de Tatiana Paiva, retoma a saga dos imigrantes para o Brasil. Acima de tudo, porém, estimula o leitor a agir como um repórter familiar, dando até um roteiro para que ele penetre nas entranhas do passado de seus predecessores.

Não se atém o livro, porém, apenas a relação entre passado e presente. Também são discutidas questões referentes ao nome. É esclarecido que cada um tem um significado (lista é apresentada ao final) e diversas interpretações são mencionadas sobre os motivos mais comuns que levam os pais a escolherem nomes, como, por exemplo, homenagear o dia do santo em que a criança nasceu.

A origem dos sobrenomes, com considerações sobre os mais populares, como Smith ("ferreiro"), em inglês, merece destaque, assim como uma introdução a uma ciência às vezes não devidamente valorizada, a heráldica, que estuda os brasões e, por conseqüência, a história dos antepassados de famílias nobres.

Principalmente para os descendentes de imigrantes, o livro ganha um sentido muito especial, já que incita a pesquisar costumes familiares como alimentos e palavras de uso comum e curiosidades da história pessoal, como hábitos. Isso sem contar a "caça" por documentos, como passaportes antigos e outros papéis ligados à chegada de pais, avôs e bisavôs ao Brasil.

Mesmo se o jovem leitor for adotado ou tiver um histórico familiar complicado em termos de pais separados ou falecimento precoce de parentes próximos, o livro pode ser utilizado sem risco de algum tipo de "saia justa", pois a publicação deixa claro que o importante de uma família, seja pelos laços biológicos ou não, é o carinho que une os seus membros.

Esse clima intimista é reforçado pelas ilustrações. Os melhores conjuntos tratam as tradições familiares, com fotos antigas, de modo a preservar o valor do tempo passado, mas sempre dentro de uma diagramação moderna, no sentido de um forte diálogo com o texto. Essa harmonia valoriza o livro e o torna, sem dúvida, um excelente caminho para que cada leitor, jovem ou não, busque percorrer os percursos das próprias raízes.

A árvore da família

Maísa Zakzuk, ilustrações Tatiana Paiva

Editora Panda

40 págs.

 


A Arma Escarlate - de Renata Ventura






No 18 de novembro, no Rio de Janeiro, na Livraria Saraiva do Shopping Rio Sul, das 19:00 às 22:00 horas, Renata Ventura recebeu os amigos em Noite de Autógrafos de seu primeiro livro...


A Arma Escarlate
Amarrando realidade e fantasia 
em medida certa... e alucinante!


Editora Novo Século
Selo Novos Talentos
Já está nas melhores livrarias do país, e do muuundo (HeHeHe)..... 
Transcrevo aqui, a sinopse!! 
O ano é 1997. 


Em meio a um intenso tiroteio, durante uma das épocas mais sangrentas da favela Santa Marta, um menino de 13 anos descobre que é bruxo.

Jurado de morte pelos chefes do tráfico, Hugo foge com apenas um objetivo em mente: aprender magia o suficiente para voltar e enfrentar o bandido que está ameaçando sua família.



 Neste processo de aprendizado, no entanto, ele pode acabar descobrindo o quanto de bandido há dentro dele mesmo.



Leia este aperitivo, desta vez com uma parte integrante do livro!!!

A NOTA DA AUTORA:
Em uma entrevista com J.K. Rowling, autora da série Harry Potter, um fã norte-americano lhe perguntou se ela algum dia escreveria um livro sobre uma escola de bruxaria nos Estados Unidos. Ela respondeu que não, 
… mas fique à vontade para escrever o seu.” 
Sentindo-me autorizada pela própria Sra. Rowling, resolvi aceitar o desafio: Como seria uma escola de bruxaria no Brasil? Especificamente para este primeiro livro, como seria uma escola de bruxaria no Rio de Janeiro? 
Certamente não tão completa, nem tão perfeita, quanto uma escola britânica. Talvez ocorressem algumas falcatruas aqui, outras maracutaias ali… certamente trabalhariam nela alguns professores geniais, porém mal pagos. Com certeza não seria em um castelo. Faltaria verba para tanto. Mas, quem sabe, dentro de uma montanha. Há centenas no Rio de Janeiro. Algumas bem famosas. 
Como um bom brasileiro, Hugo, meu personagem principal, também não seria tão certinho quanto Harry. Nem tão ingênuo a respeito das realidades duras da vida. Órfão? Não. Filho de mãe solteira e pai sumido; como tantos que moram nas comunidades pobres da Cidade Maravilhosa. Esperto, arisco, inseguro, amedrontado até, mas se fingindo de forte, para sobreviver. 
Essa era a ideia básica, mas que depois cresceu e tomou uma proporção muito maior do que eu jamais imaginara. Os personagens foram ganhando vida própria, personalidade… até saírem completamente de meu controle. 
Às vezes, ao longo da escrita, eu chegava a me surpreender com algumas de suas reações; completamente alheias ao que eu havia planejado, mas que combinavam perfeitamente com quem eles eram.
Até que chegou um dia em que eu, morrendo de rir do absurdo que eu mesma acabara de escrever, parei tudo e liguei para um de meus melhores amigos, perguntando: “E agora, o que eu faço? Como tiro Hugo dessa enrascada em que ele acabou de se meter por causa da língua afiada dele?"
Meu amigo, confuso, perguntou: “Você não pode simplesmente mudar o que ele disse?” 
Não! Não posso! Ele não responderia de nenhuma outra forma.” 
Ué, por que não?
 

Porque ele é o Hugo! E o Hugo é indomável.
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É legal ou não é?
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Já tem um site, super maneiro!!


Já teve até artigo n'O Globo!!
http://oglobo.globo.com/zona-sul/o-harry-potter-do-dona-marta-3577388



Professora Universitária, Professora do Ensino Fundamental e Médio, Orientadora Educacional, Palestrante , Ex membro do Projeto Criança da Universidade Federal do Paraná, Ex Representante de Forúns de Educação Infantil da Baixada Santista e de São Paulo, Cargo exercido na Secretaria de Educação de Santos ( Educação Infantil )

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