quinta-feira, 26 de abril de 2012



NOTÍCIAS VARIADAS

                                                      Fique por dentro


 






                                      IMPORTANTE






Dia Nacional da Educação Infantil- A presidenta Dilma Rousseff sancionou a décima lei de autoria do Senador Cristovam Buarque, a lei 12.602,de 3 de Abril de 2012, que institui a data de 25 de Agosto como o Dia Nacional da Educação Infantil, em homenagem à médica e sanitarista Zilda Arns, brasileira falecida em 2010 em um terremoto.

 


         

                       



                                 Coluna da Lucila Cano




Não sei o que veio primeiro, se o gosto pela escrita ou pela leitura. O que sei é que desde pequena sempre gostei de ler e de escrever. “Quem lê, escreve bem”, dizia um professor. Sigo a recomendação dele ao pé da letra, com um acréscimo de conta própria: “Quem lê mais deve escrever melhor ainda”.


Quando garota, por volta dos 10, 12 anos de idade, além das obras de Monteiro Lobato, do “Pequeno Príncipe” e companhia, eu lia gibis de aventuras e as revistas de fotonovelas das minhas tias. Também li, às escondidas, alguns títulos considerados proibidos, como o famoso “Eu e o governador”, de Adelaide Carraro.

Em especial, o meu interesse era por resumos biográficos de grandes compositores de música clássica. Estranho, mas explicável. Tínhamos uma vizinha, professora de alemão, que não tinha filhos e que gostava de mim. Todo domingo, ela me levava para assistir aos “Concertos Matinais” no Teatro Municipal de São Paulo. Eu adorava o passeio, a orquestra, a grandiosidade do teatro, e queria saber mais sobre quem tinha criado aquelas músicas. Nunca quis aprender a tocar nenhum instrumento. Lembrando daquela época, agora sei: minha curiosidade era puramente “jornalística”.

Em 18 de abril comemoramos o Dia Nacional do Livro Infantil, em alusão ao nascimento de Monteiro Lobato - o grande mestre da literatura infantil brasileira – em 1882. Através de seus personagens no “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, ninguém melhor do que ele demonstrou como a curiosidade ajuda a aprender e, principalmente, a gostar de aprender.
Os livros infantis de Lobato também enaltecem a figura do “instrutor”, seja ele um “sabugo de milho”, seja uma “dona Benta”, ou uma “tia Nastácia”. É a orientação segura que nutre a curiosidade infantil e ajuda a criança a despertar para a leitura. O Instituto Pró-Livro (IPL), associação criada e mantida por entidades do mercado editorial, lançou em 28 de março passado, em Brasília, a terceira edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil. O estudo foi realizado em 2011 com 5.000 entrevistados de 315 municípios de todos os estados do país, além do Distrito Federal. A pesquisa está disponível para leitura no site do IPL (www.prolivro.org.br) e confirma algumas das minhas certezas. Professores, mães e pais (nesta ordem) são as pessoas que mais influenciam uma pessoa a ler. O fato de os pais (mães e pais) terem uma base escolar também é significativo, porque eles podem ler para os filhos, comentar as histórias e motivar as crianças para os temas dos livros. A parte triste da pesquisa, pelo menos para mim, é a que revela que em média o brasileiro lê quatro livros por ano. Dos quatro, apenas dois são lidos do começo ao fim, ou seja, de fato, ele lê apenas dois livros por ano. Felizmente, a grande maioria dos participantes desse estudo afirmou que a leitura é muito importante, porque “ler bastante pode levar uma pessoa a vencer na vida e melhorar a sua condição socioeconômica”. Primeiro idioma No mercado de trabalho, a questão da qualificação é grave. Os jovens à procura de estágio ou emprego têm uma preocupação válida e necessária pelo aprendizado de um segundo idioma. Acabam se esquecendo que, antes de tudo, precisam do primeiro, nossa rica e difícil língua portuguesa. O Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) divulgou resultados de pesquisa que realizou com 6.716 estudantes e que mostram a falta que faz o hábito de leitura, a começar pelo desempenho dos candidatos em entrevistas. Segundo a pesquisa do Nube, na área de Jornalismo, cerca de 50% dos jovens cometem erros acima do limite aceitável em testes ortográficos. Alunos de Pedagogia chegam a 50% e os de Matemática a até 67%. Nos segmentos das Artes e Design, o índice alcança 71%. No caminho contrário, mas bem-sucedido, 75% dos estudantes de Engenharia e 83% dos de Direito têm êxito. Ler não ajuda apenas a escrever, mas a compreender melhor o que se passa ao nosso redor e a expressar o que pensamos de maneira mais clara



                    Brincadeiras narrativas de Gianni Rodari

 

 Gianni Rodari é um dos mais férteis escritores de literatura para crianças que a Itália já produziu. Ele recebeu o Nobel da área, o prêmio Hans Christian Andersen, em 1970, e sua obra, criada em um programa de rádio entre 1969 e 1970, é realmente eterna, porque sua imaginação cala fundo nas crianças de todos os tempos.

Esta coletânea de vinte histórias curtas, imaginativas e cheias, de humor são um excelente exemplo de como ele criava e funcionam como um jogo de cartas. Cada história parece se embaralhar, do meio para o fim, propondo para o leitor três finais inusitados, diferentes e divertidos. Alguns finais são mais lógicos, outros mais surpreendentes.

Deste modo, o leitor se vê às voltas com uma chuva de chapéus, um cachorro que pia e deseja aprender a latir, um tambor mágico que afasta ladrões, fantasmas desacreditados, casas feitas de moedas de cinco continentes, uma cidade que fica sem automóveis que são encantados por um flautista e tantas outras histórias.

Esta é uma ótima leitura que serve como mote para criação de redações em prosa ou mesmo poesia em sala de aula. Uma publicação para ser lida em voz alta ou mesmo para ser dramatizada nas aulas de português das segundas e terceiras séries do ensino fundamental. A propósito, entre os livros de Rodari há um dedicado aos professores chamado "A gramática da fantasia" (publicado pela Summus Editorial) em que propõe exercícios de criação literária.

Histórias para brincar
Gianni Rodari
Editora 34
216 páginas
                             

                          O resgate de nossos ancestrais    

   



 São raras as pessoas que não se interessam pelas próprias raízes. A maioria deseja saber de onde veio, o que faziam seus antepassados e como a família foi se articulando ao longo dos tempos. Num país formado por imigrantes como o Brasil essa preocupação é ainda mais importante, já que as procedências são as mais diversas.

Em "A árvore da família", Maísa Zakzuk retoma brevemente a origem de seus antepassados, sírios e portugueses, para estimular crianças e adolescentes a montarem a própria árvore genealógica. Isso é feito sem didatismo, mas com extremo bom humor e com grande número de informações, desde as essenciais a meras curiosidades.
Nesse sentido, a metáfora da árvore como representação gráfica que expressa a recuperação das origens de uma pessoa ou de uma família ganha múltiplos significativos, já que ela, tanto no plano simbólico, como representação da vida, como no literal, é, com suas ramificações, ideal para resgatar ancestrais.

Maísa desenvolve o tema com riqueza de detalhes e, auxiliada pelas ilustrações bem-humoradas de Tatiana Paiva, retoma a saga dos imigrantes para o Brasil. Acima de tudo, porém, estimula o leitor a agir como um repórter familiar, dando até um roteiro para que ele penetre nas entranhas do passado de seus predecessores.

Não se atém o livro, porém, apenas a relação entre passado e presente. Também são discutidas questões referentes ao nome. É esclarecido que cada um tem um significado (lista é apresentada ao final) e diversas interpretações são mencionadas sobre os motivos mais comuns que levam os pais a escolherem nomes, como, por exemplo, homenagear o dia do santo em que a criança nasceu.

A origem dos sobrenomes, com considerações sobre os mais populares, como Smith ("ferreiro"), em inglês, merece destaque, assim como uma introdução a uma ciência às vezes não devidamente valorizada, a heráldica, que estuda os brasões e, por conseqüência, a história dos antepassados de famílias nobres.

Principalmente para os descendentes de imigrantes, o livro ganha um sentido muito especial, já que incita a pesquisar costumes familiares como alimentos e palavras de uso comum e curiosidades da história pessoal, como hábitos. Isso sem contar a "caça" por documentos, como passaportes antigos e outros papéis ligados à chegada de pais, avôs e bisavôs ao Brasil.

Mesmo se o jovem leitor for adotado ou tiver um histórico familiar complicado em termos de pais separados ou falecimento precoce de parentes próximos, o livro pode ser utilizado sem risco de algum tipo de "saia justa", pois a publicação deixa claro que o importante de uma família, seja pelos laços biológicos ou não, é o carinho que une os seus membros.

Esse clima intimista é reforçado pelas ilustrações. Os melhores conjuntos tratam as tradições familiares, com fotos antigas, de modo a preservar o valor do tempo passado, mas sempre dentro de uma diagramação moderna, no sentido de um forte diálogo com o texto. Essa harmonia valoriza o livro e o torna, sem dúvida, um excelente caminho para que cada leitor, jovem ou não, busque percorrer os percursos das próprias raízes.

A árvore da família

Maísa Zakzuk, ilustrações Tatiana Paiva

Editora Panda

40 págs.

 


A Arma Escarlate - de Renata Ventura






No 18 de novembro, no Rio de Janeiro, na Livraria Saraiva do Shopping Rio Sul, das 19:00 às 22:00 horas, Renata Ventura recebeu os amigos em Noite de Autógrafos de seu primeiro livro...


A Arma Escarlate
Amarrando realidade e fantasia 
em medida certa... e alucinante!


Editora Novo Século
Selo Novos Talentos
Já está nas melhores livrarias do país, e do muuundo (HeHeHe)..... 
Transcrevo aqui, a sinopse!! 
O ano é 1997. 


Em meio a um intenso tiroteio, durante uma das épocas mais sangrentas da favela Santa Marta, um menino de 13 anos descobre que é bruxo.

Jurado de morte pelos chefes do tráfico, Hugo foge com apenas um objetivo em mente: aprender magia o suficiente para voltar e enfrentar o bandido que está ameaçando sua família.



 Neste processo de aprendizado, no entanto, ele pode acabar descobrindo o quanto de bandido há dentro dele mesmo.



Leia este aperitivo, desta vez com uma parte integrante do livro!!!

A NOTA DA AUTORA:
Em uma entrevista com J.K. Rowling, autora da série Harry Potter, um fã norte-americano lhe perguntou se ela algum dia escreveria um livro sobre uma escola de bruxaria nos Estados Unidos. Ela respondeu que não, 
… mas fique à vontade para escrever o seu.” 
Sentindo-me autorizada pela própria Sra. Rowling, resolvi aceitar o desafio: Como seria uma escola de bruxaria no Brasil? Especificamente para este primeiro livro, como seria uma escola de bruxaria no Rio de Janeiro? 
Certamente não tão completa, nem tão perfeita, quanto uma escola britânica. Talvez ocorressem algumas falcatruas aqui, outras maracutaias ali… certamente trabalhariam nela alguns professores geniais, porém mal pagos. Com certeza não seria em um castelo. Faltaria verba para tanto. Mas, quem sabe, dentro de uma montanha. Há centenas no Rio de Janeiro. Algumas bem famosas. 
Como um bom brasileiro, Hugo, meu personagem principal, também não seria tão certinho quanto Harry. Nem tão ingênuo a respeito das realidades duras da vida. Órfão? Não. Filho de mãe solteira e pai sumido; como tantos que moram nas comunidades pobres da Cidade Maravilhosa. Esperto, arisco, inseguro, amedrontado até, mas se fingindo de forte, para sobreviver. 
Essa era a ideia básica, mas que depois cresceu e tomou uma proporção muito maior do que eu jamais imaginara. Os personagens foram ganhando vida própria, personalidade… até saírem completamente de meu controle. 
Às vezes, ao longo da escrita, eu chegava a me surpreender com algumas de suas reações; completamente alheias ao que eu havia planejado, mas que combinavam perfeitamente com quem eles eram.
Até que chegou um dia em que eu, morrendo de rir do absurdo que eu mesma acabara de escrever, parei tudo e liguei para um de meus melhores amigos, perguntando: “E agora, o que eu faço? Como tiro Hugo dessa enrascada em que ele acabou de se meter por causa da língua afiada dele?"
Meu amigo, confuso, perguntou: “Você não pode simplesmente mudar o que ele disse?” 
Não! Não posso! Ele não responderia de nenhuma outra forma.” 
Ué, por que não?
 

Porque ele é o Hugo! E o Hugo é indomável.
_________________________


É legal ou não é?
________________


Já tem um site, super maneiro!!


Já teve até artigo n'O Globo!!
http://oglobo.globo.com/zona-sul/o-harry-potter-do-dona-marta-3577388



Professora Universitária, Professora do Ensino Fundamental e Médio, Orientadora Educacional, Palestrante , Ex membro do Projeto Criança da Universidade Federal do Paraná, Ex Representante de Forúns de Educação Infantil da Baixada Santista e de São Paulo, Cargo exercido na Secretaria de Educação de Santos ( Educação Infantil )

sexta-feira, 20 de abril de 2012

                                              Notícias



                  MINISTÉRIO DA EDUCAÇÂO E SAÚDE  


Os ministérios da Educação e da Saúde pretendem aumentar o número de vagas para estudantes de medicina. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil conta com 1,8 médico para cada mil habitantes, um índice inferior ao de outros países latino-americanos, como Argentina, que tem três médicos por mil habitantes, Uruguai, que tem 3,7, e Cuba (6,7). De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a meta do programa será ampliar a quantidade de médicos no país para 2,5 por mil habitantes até 2020.
Para atingir esse objetivo, o MEC pretende aumentar o número de vagas nas instituições federais que já possuem cursos de medicina e criar novas faculdades de medicina em universidades que ainda não oferecem o curso. Vai também estimular universidades estaduais e particulares com boa avaliação a abrir novas vagas. "A diretriz é ampliar com qualidade, e, pela responsabilidade que é formar um médico, vamos trabalhar com as instituições de excelência, públicas e privadas", disse o ministro.
Outra proposta é aumentar o número de oportunidades para residência médica no país, aumentando as vagas já existentes e buscando parcerias com hospitais de excelência, que não tenham ligação com instituição de ensino da medicina.
Além de enfrentar o problema da reduzida quantidade de médicos, a distribuição dos médicos pelo território nacional é outro desafio a ser superado. Alguns estados da federação - como Maranhão - têm menos de um médico por mil habitantes, enquanto o Distrito Federal supera 3,8 médicos por mil habitantes.

                                                    Coluna do Içami Tiba

Os professores devem se envolver na vida pessoal dos alunos?

Está cada vez mais difícil ser um bom professor no Brasil. Bom professor no sentido do verdadeiro educador, como aquele que tudo faz para que o seu aluno melhore, e não aquele que o usa para auferir benefícios próprios, como bens, ficar rico, famoso, poderoso etc.
O verdadeiro educador trabalha para que o aluno aprenda e melhore a sua própria vida. Hoje, se a educação fosse um trem, poderíamos dizer que há algumas realizando heroicas diligências, outras como modernos trens, mas nenhuma delas tão avançada quanto a tecnologia e os conhecimentos existentes, ou como são algumas empresas.César Souza, grande executivo internacional, no seu recentemente lançado livro “A NeoEmpresa”(Integrare Business) faz uma ótima analogia: “um trem bala em uma montanha russa”. Isto, em grande parte, porque o Brasil é um país rico com educação paupérrima.
A realização dessas diligências nos mostra o quão fora de época se encontram algumas das heroicas escolas, pois andam em locais sem trilhos, usando das energias humanas dos professores, sem nenhum recurso a não ser o conhecimento e vontade de ensinar. Não há como estes educadores não perceberem os problemas que os alunos vivem, pois os relacionamentos são pessoais, um olhar nos olhos dos seus alunos, que agradecem qualquer aprendizado. São heroicos pois abrem novos caminhos e criam soluções.
Os trens públicos são verdadeiras marias-fumaça públicas, com vagões e trilhos precários, que precisam de constantes reparos para funcionar. Os trens privados podem ser até mais atualizados e melhores equipados, mas seus princípios pedagógicos ainda estão muito defasados perto do que poderiam ser e mesmo os seus alunos estão ainda muito aquém do que se espera após um ensino fundamental e médio.
Dia 14/4 fui palestrar aos professores de Tapiraí, onde nasci, a 135km de São Paulo, no Vale do Ribeira,um município que tem 8.500 habitantes. São 2.000 alunos para frequentar três escolas: duas municipais e uma estadual. As municipais estão organizadas e os seus 1.000 alunos têm suas aulas regularmente. A estadual também tem 1.000 alunos e atende da 5ªsérie do Ensino Fundamental até o 3º ano, mas há muita falta de professores titulares e os que trabalham são os eventuais e, quando faltam, os alunos contam com os professores nomeados eventuais dos eventuais. Houve um ano, por exemplo, no qual de uma só matéria não houve uma única aula, e os alunos foram todos aprovados.
O trilho existe, mas a maria-fumaça está praticamente parada. Alguns alunos têm ex-pais que largaram as mães que têm que lutar pela sobrevivência. Só um exemplo em entre muitas famílias que são desestruturadas, cujos adultos vivem em conflitos e vícios e seus filhos “já fazem muito em ir para escola”...
Acredito que os professores até têm como identificar, dentro da sala de aula, um aluno doente, deprimido ou emocionalmente abalado. Mas ajudá-los pode se tornar uma sobrecarga às tarefas que já têm, o que prejudicaria a sua vida pessoal e familiar. Além disso, a própria família do aluno acaba responsabilizando a escola pelos problemas que ele apresenta.
A grande maioria dos professores públicos é desassistida. Quando assistidos (como nos trens particulares), os professores já têm orientações para passaremos problemas que os alunos estão tendo à coordenação. Entretanto, algumas destas famílias cobram que as escolas tomem as devidas providências, pois terceirizam-lhe a educação.
O grande problema é que a maioria dos alunos no Brasil é prejudicada no seu aprendizado e negligenciada na sua educação e saúde.



SITES: TERRA E UOL

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Tecnologia sustentável


Faculdade vai distribuir tablets para alunos com objetivo de proteger o meio ambiente




É mais rápido, barato, ecológico e didático. Todas essas características estarão reunidas no tablet, equipamento eletrônico que será entregue a todos os alunos das faculdades Estácio de Sá do país nos próximos cinco anos. Em São José, o projeto começa com cerca de mil alunos do curso de Direito, que receberão a prancheta no segundo semestre deste ano.

O primeiro benefício, citado pelo diretor-geral da Estácio de Sá de São José, Rafael Villari, é a sustentabilidade. Com a inserção da nova tecnologia no meio acadêmico, haverá economia de papel, seja na impressão ou no xerox; de energia, de combustível, de mão de obra, de embalagem, de custos com a produção e de tempo.

Atualmente, todos os alunos da faculdade recebem em casa, pelos Correios, o material didático com o conteúdo das disciplinas em papel reciclado. Só o curso de Direito entrega a cada aluno 10 caixas com o conteúdo impresso.

Com a substituição das folhas pelo tablet, a Estácio de São José vai economizar 4 milhões de páginas durante cinco anos, tempo de duração do curso. O aluno, por ano, vai deixar de gastar em torno de R$ 800 com fotocópias e obras jurídicas.

Mais vantagensA segunda vantagem, também citada por Villari, é o controle pedagógico, que passará a ser maior, já que todo o conteúdo a ser cobrado do aluno estará nas mãos dele. A velha desculpa de não ter achado o material na pasta ou de a fila para tirar cópia estar grande foram por água abaixo.

“O professor saberá que o aluno tem acesso a tudo. Haverá mais agilidade acadêmica e mais eficiência”, explica o diretor.

O projeto visa ainda à inserção virtual à comodidade para alunos e professores, que poderão ampliar o nível de pesquisa com o acesso online.

Para o calouro de Direito na Estácio, Fabrício Assunção Freire, o tablet vai ajudar no aprendizado, pois a pesquisa ficará mais rápida e mais barata. O acadêmico já cursava Direito em outra faculdade, trancou o curso por um tempo e decidiu voltar aos estudos na Estácio.

“Tudo estará na mão, além de ficar mais barato para nós alunos. Gastava em torno de R$ 200 com xerox ou livros por mês”.

A decisão do benefício começar com os alunos de Direito é pelo fato do curso ser o mais forte e com maior procura na instituição. O próximo curso a distribuir os equipamento será o de engenharia.



                              Fonte: Diário Catarinense

 








    Bom para repensarmos se é plausível ou não, neste momento !


                                    Faça seu comentário


 

 

  • segunda-feira, 16 de abril de 2012



                                                 A importância da disciplina de filosofia


    A história da filosofia no nível da educação básica brasileira é marcada pela exclusão. Já no período jesuítico, só os colonos brancos podiam ter acesso ao estudo. Enquanto isso, índios, negros, mestiços e menos privilegiados recebiam uma educação catequética-religiosa. A partir daí, as reformas ocorridas no ensino passaram por períodos de inclusão da disciplina e exclusão no currículo escolar.
    Benjamin Constant em 1891, não privilegiou em sua reforma educacional a disciplina de filosofia. Já em 1901 com a reforma de Epitácio Pessoa a disciplina de lógica é inserida no ultimo ano do ensino “secundário“.Rivadávia Correia, em sua reforma de 1991, faz menção à filosofia. Em 1915, a reforma de Carlos Maximiliano previu cursos facultativos de lógico e história da filosofia, contudo nunca foi concretizado. Rocha Vaz, em 1925, num período onde prevalecia as ideias liberais, a filosofia volta a ser colocada no currículo como disciplina obrigatória no quinto ano e no sexto anos do ensino secundário. Já em 1932, Francisco Campos em sua reforma dividiu o ensino secundário em ciclos: o fundamental e o complementar, com cinco anos e dois anos respectivamente, sendo a Filosofia colocada no currículo do segundo ciclo.
    No período de 1942 a 1958 a Filosofia teve seus programas quase sempre alterados. Com a LDB 4024, a filosofia é excluída da Educação Básica. Atendendo a princípios de acordos entre Brasil e Estados Unidos, em 1969,a disciplina como Educação Moral e Cívica passa a ocupar o lugar da Filosofia.
    Na década de 70 foi instituída a disciplina de Educação Moral e Cívica. A disciplina permaneceu no currículo oficial como disciplina escolar e prática educativa em todos os níveis de ensino por 24 anos, até 1993, sendo revogada pelo lei nº 8663.
    A palavra "Moral" vem do latim "mores". Significa: conduta, modo de agir, costumes, comportamento.
    "Moral é uma ciência que estuda os costumes, ou seja, a conduta do homem". Ela estuda tudo o que o homem faz de acordo com sua vontade.
    "Civismo é o amor à Pátria e o cultivo de suas tradições.
    Cada pessoa vivendo em comunidade, cumprindo os seus deveres e aprendendo a engrandecer sua Pátria estará praticando um ato cívico".
    As palavras moral e civismo estão mais presentes em nossa mente, principalmente ligadas ao contexto político - de regime militar.Os militares utilizaram a educação de modo estratégico, controlando-a política e ideologicamente.
    Também começam enormes mobilizações de “movimentos operários e populares marcados pela autonomia e contestação à ordem estabelecida”(LIMA, 2005, p. 30), trata-se da luta pela redemocratização do Brasil. Isso atingirá a educação e contribuirá para se levantar questões acerca de uma educação para o desenvolvimento da criticidade dos indivíduos (LIMA, 2005),assim, a volta da obrigatoriedade do ensino da Filosofia e da Sociologia aos currículos escolares é  plenamente justificada.
    .Até a década de 80 a Filosofia não faz parte do currículo da Educação básica, salvo pouquíssimas exceções. Com a LDB 9394/96, se prevê genericamente o retorno da Filosofia, ao menos no ensino médio. Em 2006, posteriormente a diversos debates realizados à respeito da volta da Filosofia no ensino médio, a filosofia finalmente tornou-se disciplina curricular obrigatória em todos anos do ensino médio. ( parecer nº 38/2006 do Conselho Nacional de Educação
    Hoje, cada vez mais se faz necessário resgatar valores, cidadania, comportamentos. Assim, cabe não se perder novamente a razão das disciplinas de filosofia e sociologia nos currículos dos níveis diferentes de ensino. Portanto, creio que realmente o ambiente escolar tem o papel fundamental de favorecer posturas para refletir, para criar a possibilidade de cidadãos cada vez mais engajados, conscientes, mais livres de preconceitos.
    O desenvolvimento da reflexão crítica, da atenção, da percepção e de outras funções do psiquismo é possível desde que se tenha a apropriação de conceitos. Esse conhecimento, quando internalizado, promove ao ser humano novos modos de se relacionar com o mundo.
    Portanto, o ensino da filosofia tem também como meta o desenvolvimento psíquico do aluno, apropriando-se de conceitos filosóficos e transformando-os em instrumentos que mediarão a sua relação com o mundo.
    Somente a interligação dos conceitos dessa área do conhecimento propicia o desenvolvimento da capacidade de análise da realidade num nível superior ao ponto de partida apresentado pelo aluno (Belieri;Sforni;Galuch,2010).
    Vygotsk ..A meta da educação não é a adaptação ao ambiente já existente, que pode ser efetuado pela própria vida, mas a criação de um ser humano que olhe,mas a criação de um ser humano que olhe para além de seu meio( Vygotsk,apud,Martins,2006, p 59)
    Temos um grande desafio no contexto escolar, pois o que se propõe muitas vezes na escola não proporciona ao aluno o que de fato a filosofia deve potencialmente  promover.
    A filosofia, além de levar a educação para uma auto-reflexão, tem o objetivo libertador, levando as pessoas à autonomia, função clara da educação.
    Abro aqui um espaço para se repensar o que os documentos educacionais propõem, o que cada educador realiza em sua unidade escolar.
    Comente sua experiência, retrate sua realidade e reflita quais são as possibilidades que temos diante de uma sociedade que nos impõem caminhos.
    Aguardo sua colaboração.


     Educadora Ana Maria Fontes Borges